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10/05/2009

Dia do(a) Professor(a)



É buscar dentro de cada um de nós
forças para prosseguir, mesmo com toda pressão,
toda tensão, toda falta de tempo...
Esse é nosso exercício diário!
Ser professor (a) é se alimentar do conhecimento
e fazer de si mesmo (a) janela aberta para o outro.
Ser professor (a) é formar gerações, propiciar o
questionamento e abrir as portas do saber.
Ser professor (a) é lutar pela transformação...
É formar e transformar,
através das letras, das artes, dos números...
Ser professor (a) é conhecer os limites do outro.
E, ainda assim, acreditar que ele seja capaz...
Ser professor (a) é também reconhecer que
todos os dias são feitos para aprender...
Sempre um pouco mais...
Ser professor (a)
É saber que o sonho é possível...
É sonhar com a sociedade melhor...
Inclusiva...
Onde todos possam ter acesso ao saber...
Ser professor (a) é também reconhecer que somos,
acima de tudo, seres humanos, e que temos licença para rir, chorar,
esbravejar.
Porque assim também ajudamos a pensar e construir o mundo.
Todos os dias do ano são seus, professor(a)!
Parabéns!



4/14/2008

Entrevita realizada no âmbito do estudo dos regimes ditatoriais


Entrevista 1

Nome*: .................................................Data de nascimento: ........................*Escola(s) em que estudou: ..................................*

Entrevistadora: Durante o regime do Estado novo, quanto tempo estudou?
Entrevistado:Até ao terceiro Industrial.
1ª, 2ª, 3ª, 4ª classe, admissão depois 1º, 2º e 3º anos.



Entrevistadora:Concluiu os seus estudos antes ou depois da queda deste regime?
Entrevistado: Concluí os estudos antes da queda do regime.

Entrevistadora:Quais eram os materiais didácticos utilizados na época?
Entrevistado: Caderno de Linhas, caderno de linhas quadriculado, sebenta e na primária havia a lousa em ardósia.

Entrevistadora:Quais eram os meios de disciplina empregados para castigar os alunos?
Entrevistado: Os meios utilizados eram físicos tais como: reguadas nas palmas das mãos, em pé a um canto da sala de costas para os colegas.

Entrevistadora:A “mocidade portuguesa” fazia parte da educação naquele tempo. “Pretendia abranger toda a juventude… e atribuía-se como fins estimular o desenvolvimento integral da sua capacidade física, a formação do carácter e a devoção à Pátria, no sentimento da ordem, no gosto da disciplina, no culto dos deveres morais, cívicos e militares.” Quais os meios utilizados para esta formação ideológica na escola? (Exº: cantar o hino…)
Entrevistado: Disciplina militar, não era obrigatório cantar o hino.

Entrevistadora:Requeria-se algum tipo de uniforme em particular? Se sim, qual?
Entrevistado: Uma camisa, calção, blusão, meias, cinto com a fivela em “S” e calças.

Entrevistadora:Havia diferenciação de sexos? Desenvolva.
Entrevistado:Havia diferenciação de sexos só nos intervalos. Havia um recreio para rapazes e outro para raparigas. Quem fosse encontrado no recreio sem ser o “seu” era castigado.

Entrevistadora:Existia alguma cerimónia de carácter obrigatório antes, durante ou depois das aulas?
Entrevistado: Não existia nenhuma cerimónia, nem antes nem depois das aulas.

Entrevistadora:Caracterize os professores daquela época.
Entrevistado: Os professores naquela época eram mais rígidos e obrigavam os alunos a fazer os deveres de casa.

Entrevistadora:Em comparação com os dias de hoje, seria mais difícil estudar no regime do Estado Novo?
Entrevistado: Não era mais difícil, era mais exigente.

Entrevistadora: Em que sentido acha que as medidas daquela altura influenciaram os jovens daquela geração?
Entrevistado: No sentido de haver mais respeito pelo ser humano mais velho. Aprendia-se por exemplo a ceder o lugar num transporte público a uma pessoa que necessitasse mais do que nós.

Entrevistadora:Concluiu os seus estudos antes ou depois da queda deste regime?
Entrevistado: Concluí os estudos antes da queda do regime.

Entrevistadora:Quais eram os materiais didácticos utilizados na época?
Entrevistado: Caderno de Linhas, caderno de linhas quadriculado, sebenta e na primária havia a lousa em ardósia.

Entrevistadora:Quais eram os meios de disciplina empregados para castigar os alunos?
Entrevistado:Os meios utilizados eram físicos tais como: reguadas nas palmas das mãos, em pé a um canto da sala de costas para os colegas.

Entrevistadora: A “mocidade portuguesa” fazia parte da educação naquele tempo. “Pretendia abranger toda a juventude… e atribuía-se como fins estimular o desenvolvimento integral da sua capacidade física, a formação do carácter e a devoção à Pátria, no sentimento da ordem, no gosto da disciplina, no culto dos deveres morais, cívicos e militares.” Quais os meios utilizados para esta formação ideológica na escola? (Exº: cantar o hino…)
Entrevistado:Disciplina militar, não era obrigatório cantar o hino.

Entrevistadora: Requeria-se algum tipo de uniforme em particular? Se sim, qual?
Entrevistado:Uma camisa, calção, blusão, meias, cinto com a fivela em “S” e calças.

Entrevistadora:Havia diferenciação de sexos? Desenvolva, por favor.
Entrevistado:Havia diferenciação de sexos só nos intervalos. Havia um recreio para rapazes e outro para raparigas. Quem fosse encontrado no recreio sem ser o “seu” era castigado.

Entrevistadora:Existia alguma cerimónia de carácter obrigatório antes, durante ou depois das aulas?
Entrevistado: Não existia nenhuma cerimónia, nem antes nem depois das aulas.

Entrevistadora: Caracterize os professores daquela época.
Entrevistado: Os professores naquela época eram mais rígidos e obrigavam os alunos a fazer os deveres de casa.

Entrevistadora: Em comparação com os dias de hoje, seria mais difícil estudar no regime do Estado Novo?
Entrevistado: Não era mais difícil, era mais exigente.

Entrevistadora:Em que sentido acha que as medidas daquela altura influenciaram os jovens daquela geração?
Entrevistado: No sentido de haver mais respeito pelo ser humano mais velho. Aprendia-se por exemplo a ceder o lugar num transporte público a uma pessoa que necessitasse mais do que nós.
* Os nomes dos intervenientes foram omitidos para salvaguardar a sua privacidade.

8/26/2006

O Que É Um Bom Professor... as seis qualidades mais apreciadas

1. Os bons professores incentivam os alunos;
2. Os bons professores mantêm a ordem;
3. Os bons professores estão dispostos a ajudar;
4. Os bons professores explicam até que todos compreendam;
5. Os bons professores variam as actividades da sala de aula;
6. Os bons professores tentam compreender os alunos.
Dick Corbett eBruce Wilson "What Urbam Students Say About Good Teaching"
in Educational Leadership, vol.60, n.º1 , Alexandria, ASCD, 2002 (texto adaptado)
(transcrito do Dossiê do ProfAsa)

8/19/2006

Decálogo do bom professor


"Introdução:
Apresentamos um texto contendo dez princípios para actividade docente de um bom professor do terceiro milênio, século marcado pela informação e pelo conhecimento tecnológico.
O professor do século XXI é aquele que, além da competência, habilidade interpessoal, equilíbrio emocional, tem a consciência de que mais importante do que o desenvolvimento cognitivo é o desenvolvimento humano e que o respeito às diferenças está acima de toda pedagogia..A função do bom professor do século XXI não é apenas a de ensinar, mas de levar seus alunos ao reino da contemplação do saber.
Dez princípios:Eis então os dez passos na direção de uma pedagogia do desenvolvimento humano:
- Aprimorar o educando como pessoa humana - A nossa grande tarefa como professor ou educador não é a de instruir, mas a de educar nosso aluno como pessoa humana, como pessoa que vai trabalhar no mundo tecnológico, mas povoado de corações, de dores, incertezas e inquietações humanas.
A escola não pode se limitar a educar pelo conhecimento destituído da compreensão do homem real, de carne e osso, de corpo e alma. De nada adianta o conhecimento bem ministrado em sala de aula, se fora da escola, o aluno se torna um homem brutalizado, desumano e patrocinador da barbárie. Educamos pela vida como perspectiva de favorecer a felicidade e a paz entre os homens.
- Preparar o educando para o exercício da cidadania - Se de um lado, primordialmente, devemos ter como grande finalidade do nosso magistério o ministério de fazer o bem às pessoas, fazer o bem é preparar nosso para o exercício exemplar e pleno da cidadania.
O cidadão não começa quando os pais registram seus filhos no cartório nem quando os filhos, aos dezoito anos, tiram suas carteira de identidade civil, a cidadania começa na escola, desde os primeiros anos da educação infantil e se estende à educação superior, nas universidades; começa com o fim do medo de perguntar, de inquirir o professor, de cogitar outras possibilidades do fazer, enfim, quando o aluno aprende a fazer fazer, a construir espaço de sua utopia e criar um clima de paz e bem-estar social, política e econômico no meio social.
- Construir uma escola democrática - A gestão democrática é a palavra de ordem na administração das escolas. Os educadores que atuarão no novo milênio devem ter na gestão democrática um princípio em que não arredam pé, não abrem mão.
Quanto mais a escola for democrática, mais transparente. Quanto mais a escola é democrática, menos erra, tem mais acerto e possibilidade de atender com eqüidade as demandas sociais. Quanto mais exercitamos a gestão democrática nas escolas, mais no preparamos para a gestão da sociedade política e civil organizada.
Aqui, pois, reside uma possibilidade concreta: chegar à universidade e concluir um curso de educação superior e estar preparado para tarefas de gestão na governo do Estado, nas prefeituras municipais e nos órgãos governamentais.
Quem exercita a democracia em pequenas unidades escolares, constrói um espaço próprio e competente para assumir responsabilidades maiores na estrutura do Estado. Portanto, quem chega à universidade não deve nunca descartar a possibilidade de inserção no meio político e poder exercitar a melhor política do mundo, a democracia.
- Qualificar o educando para progredir no mundo do trabalho - Por mais que a escola qualifique seus recursos humanos, por mais que adquira o melhor do mundo tecnológico, por mais que atualize suas ações pedagógicas, era sempre estará marcando passo frente às novas transformações cibernéticas, mas a escola, através de seus professores, poderá qualificar o educando para aprender a progredir no mundo do trabalho, o que eqüivale a dizer a oferecer instrumentos para dar respostas, não acabadas ( porque a vida é processo inacabado) às novas demandas sociais, sem medo de perdas, sem medo de mudar, sem medo de se qualificar, sem medo do novo, principalmente o novo que vem nas novas ocupações e empregabilidade.
- Fortalecer a solidariedade humana - É papel da escola favorecer a solidariedade, mas não a solidariedade de ocasião, que nasce de uma catástrofe, mas do laço recíproco e cotidiano e de amor entre as pessoas. A solidariedade que cabe à escola ensinar é a solidariedade que não nasce apenas das perdas materiais, mas que chega como adesão às causas maiores da vida, principalmente às referentes à existência humana.
Enfim, é na solidariedade que a escola pode desenvolver, no aluno-cidadão, o sentido de sua adesão às causas do ser e apego à vida de todos os seres vivos, aos interesses da coletividade e às responsabilidades de uma sociedade a todo instante transformada e desafiada pela modernidade.
- Fortalecer a tolerância recíproca - Um dos mais importantes princípios de quem ensina e trabalha com crianças, jovens e adultos é o da tolerância, sem o qual todo magistério perde o sentido de ministério, de adesão aos processos de formação do educando.
A tolerância começa na aceitação, sem reserva, das diferenças humanas, expressas na cor, no cheiro, no falar e no jeito de ser de cada educando. Só a tolerância é capaz de fazer o educador admitir modos de pensar, de agir e de sentir que diferente dos de um indivíduo ou de grupos determinados, políticos ou religiosos.
- Zelar pela aprendizagem dos alunos - Muitos de nós professores, principalmente os do magistério da educação escolar, acreditam que o importante, em sala de aula, é o instruir bem, o que pode ser traduzido, ter domínio de conhecimento da matéria que ministra aula.
No entanto, o domínio de conhecimento não deve estar dissociado da capacidade de ensinar, de fazer aprender. De que adiante e conhecimento e não saber, de forma autônoma e crítica, aplicar as informações? O conhecimento não se faz apenas com metalinguagem, com conceitos a, b ou c, e sim, com didática, com pedagogia do desenvolvimento do ser humano, sua mediação fundamental.
O zelo pela aprendizagem passa pela recuperação daqueles que têm dificuldade de assimilar informações, sejam por limitações pessoais ou sociais. Daí, a necessidade de uma educação dialógica, marcada pela troca de idéias e opiniões, de uma conversa colaborativa em que não se cogita o insucesso do aluno.
Se o aluno fracassa, a escola também fracassou. A escola deve riscar do dicionário a palavra FRACASSO. Quando o aluno sofre com o insucesso, também fracassa o professor. A ordem, pois, é fazer sempre progredir, dedicar-se mais do que as horas oficialmente destinadas ao trabalho e reconhecer que nosso magistério é missão, às vezes árdua, mas prazerosa, às vezes sem recompensa financeira condigna que merecemos, mas que pouco a pouco vamos construindo a consciência na sociedade, principalmente a política, de que a educação, se não é panacéia, é o caminho mais seguro para reverter as situações mais inquietantes e vexatórias da vida social.
- Colaborar com a articulação da escola com a família - O professor do novo milênio deve ter em mente que o profissional de ensino não é mais pedestal, dono da verdade, representante de todos os saberes, capaz de dar respostas para tudo. Articular-se com as famílias é a primeira missão dos docentes, inclusive para contornar situações desafiadoras em sala de aula.
Quanto mais conhecemos a família dos nossos alunos, mais os entendemos e mais os amamos. Uma criança amada é disciplinada. Os pais, são, portanto, coadjuvantes do processo ensino-aprendizagem, sem os quais nossa ensinança fica coxa, não vai adiante, não educa.
A sala de aula não é sala-de-estar do nosso lar, mas nada impede que os pais possam ajudar nos desafios da pedagogia dos docentes nem inoportuno é que os professores se aproximam dos lares para conhecerem de perto a realidade dos alunos e possam juntos, pais e professores, fazer a aliança de uma pedagogia de conhecimento mútuo, compartilhado e mais solidário.
- Participar ativamente da proposta pedagógica da escola - A proposta pedagógica não deve ser exclusividade dos diretores da escola. Cabe ao professor participar do processo de elaboração da proposta pedagógica da escola até mesmo para definir de forma clara os grandes objetivos da escola para seus educandos.
Um professor que não participa, se trumbica, se perde na solidão de suas aulas e não tem como pensar-se como ser participante de um processo maior, holístico e globalizado. O mundo globalizado para o professor começa por sentir-se parte no seu chão das decisões da escola, da sua organização administrativa e pedagógica.
10º - Respeitar as diferenças - Se de um lado, devemos levantar a bandeira da tolerância, como um dos princípios do ensino, o respeito às diferenças conjuga-se com esse princípio, de modo a favorecer a unidade na diversidade, a semelhança na dessemelhança. Decerto, o respeito às diferenças de linguagem, às variedades lingüísticas e culturais, é a grande tarefa dos educadores do novo milênio.
O respeito às diferenças não tem sido uma prática no nosso cotidiano, mas, depois de cinco séculos de civilização tropical, descobrimos que a igualdade passa pelo respeito às diferenças ideológicas, às concepções plurais de vida, de pedagogia, às formas de agir e de ser feliz dos gêneros humanos.
O educador, pois, deve ter a preocupação é reeducar-se de forma contínua uma vez que nossa sociedade ainda traz no seu tecido social as teorias da homogeneidade para as realizações humanas, teoria que, depois de 500 anos, conseguiu apenas reforçar as desigualdades sociais. Nossa missão, é dizer que podemos amar, viver e ser felizes com as diferenças, pois, nelas, encontraremos nossas semelhanças históricas e ancestrais: é, dessa maneira, a nossa forma de dizer ao mundo que as diferenças nunca diminuem, e sim, somam valores e multiplicam os gestos de fraternidade e paz entre os homens."
Autor:
Vicente Martins possui mestrado em educação pela Universidade Federal do Ceará (UFC)e graduação e pós-graduação lato sensu em Lingüística. Atualmente, é professor do Centro de Letras e Artes da Universidade EstadualVale do Acaraú (UVA), no Brasil.