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11/14/2009

Quando a saudade aperta

Querida mãe
Escrevo, mais uma vez, a minha singela homenagem à tua vida.
Partiste há 10 meses... parece ainda que foi ontem que me deixaste sózinha, sem vida, vazia.
Tento agarrar-me à vida, deixar o luto, mas tudo ainda é muito negro, mãe.
A tristeza que tenho dentro de mim, domina-me a alma.
Busco a força que me davas na alegria de ensinar que ainda me resta.
Para quê? Nada vale a pena se não posso correr para ti e contar-te as minhas venturas e desventuras na sala de aula, os meus sucessos e os meus fracassos.
O que faço sem os teus conselhos?
E sem o teu amor?
Onde estiveres continua a olhar para mim...
Sem a luz dos teus olhos...
Perder-me-ei na escuridão.
Não deixes mãe, por favor.

glitters

7/14/2009

Meio ano sem ti.... Recado do Céu


Eu mandei um recado pro céu (...)

para abraçar por mim minha mãe

e contar a minha vida inteira

diga a ela que eu cá na terra

tenho algumas amizades traiçoeiras,

mas também tenho muitos amigos nesta grande nação brasileira.
Diga a ela que já sofri muito
padeci que foi barbarididade
desde a hora que ela morreu (...)
na continuação da vida
minha mãe querida só resta saudade.
Eu aqui tenho horas alegres,

Mas tenho horas que me dá tristeza (...)
Na esperança que a vida melhore ,
se melhora não tenho certeza.(...)
Óh mamãe, a senhora no céu receba o meu simples recado (...)
esta santa mensagem era minha
e leva mãezinha um abraço apertado.
Sei que a vida eterna é segredo,

se não fosse resposta eu teria,
para saber notícias da Senhora,
era isso o que eu mais queria.
Mas de certo a senhora vai bem tenho fé(...)
e em Deus Jesus nosso pai ,
que vai nos reunir um dia.
Até lá querida mãezinha,
quando a morte me vier buscar,
feliz lá no reino da glória,
havemos de nos encontrar.
E agora tiro o meu chapéu,
Recado para o céu acabei de mandar.



Este excerto da música: "Recado do Céu" pretende ser uma dupla homenagem: à minha, primeiro, e depois, ao cantor barsileiro que inortalizou este tema.

6/14/2009

Perante o teu túmulo

Hoje...cinco meses depois da tua partida... deparei-me com a tua sepultura escura e fria.
Está pronta a tua morada...ali...
Ao ajoelhar-me nela, vi-me refletida num caminho escuro sem vida e sem retorno.
O olhar determinado do retrato que ali jaz contigo, mostra bem a mulher forte e determinada que sempre foste. Enraivesse-me a tristeza que paira nele e que nunca vou conseguir apagar.
Será possível?...
És mesmo tu que ali estás?
Queria-me para sempre a teu lado.
Levanto-me , de repente, a pedra fria parecia estar a apoderar-se de mim...
Que tentação....
Porém, a mão quente e amada que tornou fácil o meu erguer, chama-me à vida.
Vida depois de ti....? Não sei. Que importância tem isso.
Mas, por ti, por ele... vou tentar.

5/14/2009

4 meses mãe


Tanto tempo sem ti....

Espero-te todos os dias...

Mas, desta viagem ...tu não vais voltar...

Morro a cada dia mais um pouco....

Amar-te-ei sempre.

Beijo

Tua filha

4/14/2009

Para ti mãe...3 meses

Reflexão....
"Ser mãe é um papel muito importante que o Senhor escolhe para dar a muitas mulheres. Às mães é dito que amem seus filhos em Tito 2:4-5, que diz: “Para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.” Em Isaías 49:15a a Bíblia diz: “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre?”

4/24/2007

Homenagem à minha gata.... barbaramente atropelada e morta a 1 de Março de 2007

SONETO DO GATO MORTO

DE : VINICIUS DE MORAES


"Um gato vivo é qualquer coisa linda
Nada existe com mais serenidade
Mesmo parado ele caminha ainda
As selvas sinuosas da saudade

De ter sido feroz. À sua vinda
Altas correntes de electricidade
Rompem do ar as lâminas em cinza
Numa silenciosa tempestade.

Por isso ele está sempre a rir de cada
Um de nós, e ao morrer perde o veludo
Fica torpe, ao avesso, opaco, torto
Acaba, é o antigato; porque nada
Nada parece mais com o fim de tudo
Que um gato morto."


(de O Operário em Construção e outros poemas, selecção e prefácio de Alexandre O'Neill, publicações Dom Quixote, 1986)