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2/22/2006

A Evolução da Talha em Portugal

Talha de Estilo Português (1685-1725)
É o primeiro estilo original da talha portuguesa e apareceu em órgãos, púlpitos e principalmente nos retábulos, aqui com uma decoração muito típica de grande originalidade.
Ao centro do retábulo uma grande abertura, tribuna, que nem no interior o trono, constituído por vários degraus de madeira sobrepostos revestidos a talha. No alto era colocada a custódia com a hóstia quando havia em exposição do Santíssimo Sacramento. A flanquear a tribuna havia colunas salamónicas ou pseudo-salamónicas, torcidas e espiraladas e que eram continuadas no remate por arcos semi-circulares também espiralados. Na decoração das colunas e arcos havia uma série muito exuberante de folhas de acanto enroladas, cachos de uva, parras, meninos ou pássaros.
Podemos ver estes retábulos por todos os concelhos do país desde a Sé de Castelo Branco, à Igreja dos Paulistas em Lisboa ou à Igreja de S. Bento de Vitória, no Porto (figura 1)



Figura1-Retábulo em talha dourada – estilo nacional ou português
Talha de Estilo Joanino (1685-1725)
Esta talha revela a influência do barroco que italiano que chega a Portugal através de livros, gravuras, estampas ou artistas contratados para cá trabalharem e que exerceram a sua influência.
Estes retábulos diferem os anteriores na decoração das colunas, que agora têm apenas grinaldas de rosas que trepam pelos sulcos das espiras; no remate agora constituído por uma composição curvilínea e partida, cuja parte central é ladeada por dois anjos, havendo entre o remate e a tribuna, um baldaquino com bordas e cortinados de madeira e na decoração que enxameia o retábulo, com plumas, palmas, volutas e meios corpos, tudo de gosto italiano.
Podemos observar retábulos deste estilo na Igreja de Nª Senhora da Pena em Lisboa, desenhado por Cláudio Laprade e, na Sé do Porto, cujo retábulo da capela-mor foi desenhado também por Laprade e Santos Pacheco.


Talha Rocócó (1750-1800)
É uma fase final do barroco onde existiu um grande realismo separando as escolas do Norte das do Sul, estabelecendo-se desde modo as respectivas diferentes estilísticas.
No Porto sobreviveu uma lealdade ao estilo Joanino, num período de grande prosperidade económica da cidade devido ao comércio do vinho do Porto.
Continuaram-se a utilizar as colunas salomónicas ou pseudo-salomonicas, os frontões partidos e curvos, desaparecendo, no entanto, as grandes sanefas que foram substituídas por pequenos frontões.
Neste período em que o Porto passou de 30000 a 80000 habitantes, floresceu a arte de Nasoni que o retábulo da Igreja DE Santo Ildefonso, (capela mar), influenciou com as linhas sinuosas da boca da tribuna e da decoração rocócó das tarjas do trono, os entalhados da cidade que deram ao rocócó portuense uma grande animação e intensidade.
No Porto podemos observar exemplos da talha rocócó nas capelas das Mártires de Marrocos e de Nossa Senhora da Soledade na Igreja na Igreja de S. Francisco, ou nas capelas-mor das Igrejas de Nossa Senhora da Vitoria e da Esperança.



Autor do texto: desconhecido
Alunos que fizeram a transcrição do texto:
António Romeu n.º 3 8º A

1/31/2006

Se queres ver obras do Barroco ao vivo…Visita o Museu de Aveiro


“Fundado em 1911, o Museu de Aveiro ocupa o edifício do antigo Convento de Jesus, conservando intactos alguns espaços da anterior vivência conventual que integram o circuito de visita do museu.
O acervo do museu, com origem nos espólios do Convento de Jesus e de outras casas religiosas da cidade e do país extintas com a legislação liberal, abrange colecções de pintura, escultura, paramentaria, azulejo, ourivesaria, mobiliário, cerâmica com particular incidência no período barroco. Possui ainda um fundo documental dos séculos XV ao XIX.”
http://www.ipmuseus.pt/pt/museus/M24375/TA.aspx

Morada
Av. de Santa Joana Princesa
3810 - 329 Aveiro

Horário
3ª feira a Domingo: das 10h00 às 17h30
Encerra à 2ª feira
Taxa de Ingresso
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Ao domingo de manhã a entrada é gratuita.
Convida os teus pais!